Assassinato na floresta




PERSONAGENS:
_ Personagem principal:

Ivo Cotoxó ( repórter do jornal tribuna da pátria)

Ou: pavaru (nome indígena de Ivo Cotoxó)

_ Antagonista:

Maurício benjamim (chefe de Ivo Cotoxó)

_ Personagens secundários:

- Virgildásio José Bastos (velho jornalista baiano)

Norminha (namorada de Ivo Cotoxó)

Tizuka (a japonesinha, chefe do banco de dados da tribuna da pátria)

Mituo (professor de judô)

João seringalista ( negociante em Benjamin Constant)

Juçara manauara dos Santos (sobrinha de João seringalista)
Firmino (mateiro)

Amazonino (filho de Firmino)

Boneca (cadela fox-terrier)

Raimunda Maria da Silva (líder seringalista em Benjamin Constant)

Candido Rondon da Silva (filho mais velho de Raimunda)

Osvaldo Araguaia da Silva (filho do meio de Raimunda)

Anita Garibaldi da Silva (caçula de Raimunda)

Dr. Márcio Vital Penteado sobrinho (delegado de polícia)

Leo Sinuca (investigador de polícia)

João Evangelista de Sousa (médico legista)

Thomas Richard (cientista norte-americano)

Odete perdigão (cientista brasileira)

Prof. Leôncio (líder rural)

Carlão peixinho (fazendeiro em Santarém)

João Alves (vulgo babão jagunço)

Darey monteiro (vulgo pau seco, jagunço)

Gilson emernegildo (deputado federal)

Dagoberto Resende (deputado federal)

Comendador Franco fedini (vice- presidente do world Ecology Foundation)

Sir James Archibald Scott (presidente do world Ecology Foundation)


Fonte da pesquisa:

O próprio livro “assassinato na floresta”


QUEM É PAULO RANGEL?

Paulo Rangel nasceu no Rio de Janeiro e passou parte da infância no interior de São Paulo. Formou-se na faculdade de direito da USP e, na fase acadêmica, dirigiu os jornais O Libertador e O XI de Agosto, este o órgão oficial do centro acadêmico, que na época recebeu o prêmio do Ministério da Educação como a melhor publicação universitária do país.

Ele recriou o grupo teatral, que traduziu e representou a peça Corrupção no Palácio da Justiça, de Ugo Betti, cuja montagem ganhou quatro prêmios no Festival de Teatro Amador. No terceiro ano da academia juntou-se a uma comitiva de sete colegas e realizou plano de divulgação cultural do Brasil em dezenas de universidades das três Américas. Depois de um ano de excursão, retornou ao Brasil viajando de Bogotá até Letícia, na Colômbia. Desta cidade seguiu de barco para Benjamin Constant, na divisa do Brasil, Colômbia e peru. Em Benjamin Constant, conviveu com seringueiros, seringalistas e índios. Manteve contato com as populações ribeirinhas e essa experiência deu-lhe o substrato para o Livro Assassinato na Floresta.

Logo após ter concluído o curso de direito, foi convidado a fazer um teste no teatro Cacilda Becker. Tornou-se ator profissional e fez temporadas em Salvador, Recife, Lisboa, Coimbra, Porto e outras cidades portuguesas, quando representou papéis cômicos, trágicos e dramáticos, em peças clássicas e populares, de autores nacionais e estrangeiros.


Fonte: livro da editora FTD, em site da internet.
Análise do livro:
Assassinato na floresta foi publicado em 1993, é uma obra de consciência nacional. Que retrata de forma objetiva e clara o drama de muitos trabalhadores da região Benjamin Constant, que vivem na Amazônia, abordando os seus problemas ligados com o meio ambiente. Paulo Rangel cria um panorama de denúncia ao compor uma obra, classificada como ficção policial e dedicada ao público infantil, no contexto em que se faz necessário dar ênfase a Amazônia, descobrindo assim aspectos desagradáveis da realidade brasileira em favor das questões ecológicas. A obra divide–se em 40 capítulos, todos de forma linear, narrada em 1ª pessoa, denominada de cadernos de memória de Ivo Cotoxó, jornalista investigativo. O protagonista leva ao leitor a uma viagem de são Paulo a Manaus, de Manaus a tabatinga, de tabatinga a Benjamin Constant, que se localizam na divisa com a Colômbia e o peru, de barco pelas águas do rio Solimões.

Seguindo o modelo os romances de ficção policial, Assassinato na Floresta narra à história de Ivo Cotoxó, jornalista investigativo da tribuna da pátria, o qual recebe uma missão de investigar a morte supostamente natural da seringueira Raimunda Maria da Silva. Esta mãe de três filhos, que vivia da extração de látex no meio da floresta, cansada de ser explorada por seringalistas ela foi à fundadora de uma cooperativa autônoma, sem depender do governo, de particularidades, de fazendeiros e banqueiros, cuja função era aumentar o aproveitamento e o lucro proporcionado pela retirada de bens provenientes da natureza. Ela queria acima de tudo liberta-se da escravidão a que o seringueiro se submete há mais de um século e meio. Este fato revolta e causa inimizade por acharem que ela pretendia ampliar os empates de Chico Mendes, que era um movimento de resistências dos seringueiros contra as derrubadas das florestas iniciado em 1976 e que continua sendo praticada atualmente. A seringueira Raimunda Maria da Silva foi encontrada morta no meio da floresta junto na uma cobra a sua suposta assassina.

A morta de Raimunda foi investigada por Ivo. Indícios são descobertos de que algo muito mais complexo que um simples bote de cobra envolve o caso: havia um crime. No desenrolar da trama surgem outros personagens que ajudam a desvendar uma história repleta de mistérios, com entidades internacionais mostrando-se envolvidas no caso. Esta investigação teve início quando Maurício Benjamin deu a missão a Ivo Cotoxó de escrever sobre a morte da cabocla. O repórter teve vontade de matar o chefe, pois escrever sobre a morte de um personagem anônimo só poderia ser mais um dos planos invejosos do chefe. Como corria o risco de perder o emprego se desobedecesse a essa ordem, Ivo não tinha outra escolha então ele acabou indo realizar seu trabalho.

Ao chegar a Benjamin Constant, Ivo conhece Firmino explorador de matas que o leva ao seringal e ao barraco dos filhos de Raimunda. A história começa a mudar quando um dos filhos dela mostra a cobra que matara sua mãe, uma cascavel, tipo de cobra rara de ser encontrada na Amazônia. A hipótese naquele momento passou a ser de assassinato e não mais de uma triste fatalidade. Capitalistas nacionais e internacionais interessados em preservar a miséria, cujo fim é o enriquecimento ilícito, contratavam bandidos para matar todo líder que tentasse mudar o aspecto social e econômico da Amazônia. Por ter demonstrado coragem e bravura, quando Ivo se relacionou com os índios, ele foi chamado de “pavaru”.

Ninguém podia imaginar que a morte de uma cabocla, que extraia látex no meio da floresta, levantasse tanta polêmica nos meios nacionais e internacionais. Com um trabalho minucioso e persistente, Cotoxó resolveu uma trama que ameaçou governos. Além disso, descobriu aspectos bem desagradáveis da atual realidade brasileira, mostrando que se existe centenas de anônimos lutando em favor das questões ecológicas, há também organização de “fachada” manipulada por perigosos bandidos, cujo fim é o enriquecimento ilícito. Depois de desvendar os assassinos de Raimunda, Ivo Cotoxó retorna a São Paulo com a certeza de que a luta na Amazônia ainda continuará por muito tempo. Sabe que sempre que desaparece uma Raimunda surgirá outra em seu lugar para dar continuidade à luta que parece não ter fim. Em Benjamin Constant ficou Juçara para dar continuidade ao sonho de Raimunda: o de salvar a Amazônia.

A narrativa nesse contexto significa um alerta ao Brasil para os interesses internacionais na Amazônia, que sempre foi, é e continuará sendo objetivo da cobiça para os países de 1º mundo, graças a sua riqueza natural.

Contexto histórico:

A vida de Raimunda assemelha-se com a vida de Chico Mendes, que foi um seringalista, sindicalista e ativista ambiental brasileiro.

Quando criança seringueiro, Chico acompanhava o pai pela mata. Iniciou a vida de líder sindical em 1975. A partir de 1976 começou a organizar os seringueiros para lutarem em defesa da posse de terra.

Em 1977 Chico foi eleito vereador pelo MDB local. Recebendo então as primeiras ameaças dos fazendeiros locais, descontentes com a sua atuação sindical.

Em 1980 participou da fundação dos partidos dos trabalhadores, tornando-se dirigente do partido no estado do Acre. Neste mesmo ano, foi acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absorvido por falta de provas.

Em 1981 tornou-se presidente Do sindicato de xapuri.

Em 1982 candidatou-se a deputado estadual pelo PT, porém não conseguiu eleger-se.

Em 1985 originou o 1º Encontro Nacional de Seringueiros. Participou da função do Conselho Nacional dos Seringueiros. Participou da proposta da “União dos povos da floresta”, que previa a união dos interesses dos seringueiros e indígenas na defesa da floresta amazônica.

Em 22 de dezembro de 1988, após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa. Deixou esposa e dois filhos pequenos.

O livro também aborda o nome pessoas também importantes para a nossa história que foram;
Cândido Mariano da Silva Rondon: mas conhecido como marechal Rondon, ainda jovem, serviu ao exército e dedicou-ser à construção de linhas telegráficas pela vastidão do interior brasileiro.
Ana Maria de Jesus Ribeiro: mais conhecida como Anita Garibaldi, foi à companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecido como a heroína dos dois mundos.

Osvaldo Araguaia: foi militar do PCdoB que chegou à região com a missão de organizar uma guerrilha rural

Resumo do livro:

A história é contada por um colega de faculdade de Ivo, o romance apresenta uma espécie de introdução denominada de armadilha contra Cotoxó.

Ivo Cotoxó é um jornalista com pouca experiência, mas com muitos talentos. Sua principal função no jornal tribuna da pátria e fazer matérias policiais, às vezes.

Ivo Cotoxó com escreve sobre a morte de Raimunda Maria da silva, líder dos trabalhadores da região de Benjamin Constant, estado do amazonas, que teria sido envenenada por uma picada de uma cascavel.

Ivo Cotoxó como seu trabalho obsessivo, revelou uma trama que acabou envolvendo e impedindo interesses nacionais e internacionais, chegando, a ameaçar a estabilidade do governo inglês.

Ivo Cotoxó, que era faixa preta, praticava judô na academia três vezes por semana e tinha o hábito de caminhar por dia.

Dentro do jornal tribuna da pátria, Ivo Cotoxó tem contato direto, na redação, com Maurício Benjamin, seu chefe, com Virgildásio e com e com Tizuka, a japonesinha, sua amiga.

Fora da redação do jornal, Cotoxó convive com Tizuka, sua colega na academia de judô e com norminha sua namorada. Numa de suas saídas com a japonesinha, Cotoxó cruzou a brigadeiro Luís Antônio e entrou no quadrilátero de ouro, esse quadrilátero é considerado por Cotoxó espaço mais rico do Brasil, lugar onde mais corre dinheiro em São Paulo.

A namorada de Ivo, norminha, que falava ele parecia-se com Malu Mader, ele era estagiária no campus da USP. Ao sair do quadrilátero de ouro, Ivo e Tizuka viram uma dessas manifestações, da qual participava Norminha.

Maurício prepara uma grande surpresa, ao apresentar ao repórter uma notícia publicada pelo jornal o dia do Rio de janeiro, correndo muito risco assim de perder o seu cargo no jornal.

Ivo inicia um levantamento de possibilidades de abordagem da morte de Raimunda e sua relação com os problemas que passaram os seringueiros da Amazônia e o assassinato de Chico Mendes.

Ivo vai a Belém do Pará, em companhia de Juçara, para entrevistar os cientistas que conheciam da morte de Raimunda. São Thomas Richard e Odete Perdigão, que confirmaram tudo sobre a liderança de Raimunda, seus trabalhos iniciais, a idéias de cooperativas. O casal de cientistas também informou que no dia em que Raimunda desapareceu, ela tinha ido à noite à casa do professor Leôncio. Odete e Cotoxó viram um caderno escolar com anotações de Raimunda antes de morrer.

O desvendamento do assassinato de Raimunda estava quase próximo.

Ivo revelou ao professor que encontrou no caderno de anotações de Raimunda o nome dele. O plano de prisão para os responsáveis foi elaborado, assim foram presos Zé piranha e mais três homens.

Ivo foi informado que para chegar ao local onde mora a família de Raimunda, necessitaria de um mateiro.

Durante a viagem, Ivo ficou com raiva do mateiro que não respondia as suas perguntas. Depois de ganhar a sua confiança, Ivo entendeu as razões das desconfianças de Firmino, que lhe contou uma história.

Ivo ao chegar à casa de Raimunda, se deparou com os três filhos órfãos.

Cotoxó fez muitas perguntas aos meninos, assim tendo muitas respostas claras e outras estranhas, contudo, foi Firmino quem melhorou dizendo que Raimunda foi por envenenamento de uma cobra, mais na realidade ela foi vítima de um assassinato encomendado.

Depois que Ivo descobriu o que realmente acontecera com Raimunda, os que já estavam presos confirmaram o assassinato. Como também, disseram que foi a mando do fazendeiro Carlão Peixinho, de Santarém, e outras mortes que fizeram na região, esclarecido o crime, Cotoxó retornou a São Paulo.

Todo trabalho de Ivo será publicado por ordem do editor chefe do jornal, e Mauricio Benjamin passou mal e teve que ser atendido, pois não acreditara que Ivo fizera um artigo que envolvera tantas entidades. Ivo recebeu uma homenagem de seus colegas de redação.

Nenhum comentário: